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As mulheres da logística e comex, com Nadir Moreno da UPS Brasil

Especial Cargo News, Dia Internacional das Mulheres

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o portal Cargo News, traz uma série de entrevistas com mulheres que fazem a diferença na logística e comércio exterior.

Nadir Moreno da UPS BRasil

A entrevista de hoje é com a Nadir Moreno, presidente da UPS Brasil. Formada em Direito, já  participou de diversos cursos no país e exterior, com foco em liderança estratégica em  gestão  empresarial e na área de Recursos Humanos. Iniciou na UPS em 1992 e desde então, passou por  vários setores da empresa até chegar à Presidência. Nadir Moreno completa 24 anos de UPS, e no  mês de maio nove anos como presidente.
 

 CN – Como surgiu o interesse pela logística/ ou comércio exterior?

O meu foco era atuar em uma empresa multinacional e surgiu a oportunidade de trabalhar na  UPS. O segmento acabou sendo uma surpresa extremamente positiva, pois a estrutura da UPS  permite atender diversas verticais, tendo uma visão macro da economia nacional e global, além de  conhecer e participar de questões decisivas em diversos setores.
 

CN – Atuar neste mercado foi planejado ou as oportunidades vieram naturalmente?

As oportunidades vieram naturalmente. Eu acabei me encantando com as possibilidades que uma empresa do porte da UPS oferece e com o fato de poder aprender algo novo, praticamente todos os dias. Iniciei na UPS em 1992 e desde então, passei por vários setores da empresa até chegar à Presidência. Fui coordenadora de importação e Exportação, fui responsável pelas áreas de Compras, Contas a Pagar, a Receber, Tesouraria, Manutenção, Departamento de Pessoal e Jurídico; ocupei o cargo de Supervisora e posteriormente gerente do RH e Departamento Jurídico; me tornei responsável pela região Mercosul (Brasil, Argentina e Chile) e enfim, me tornei presidente da UPS.

CN – De que forma, para você, o trabalho feminino contribui para a excelência de uma empresa?

As mulheres estão cada vez mais presentes em cargos de liderança e usar as características femininas em prol do desenvolvimento das empresas pode ser um grande diferencial. As mulheres sabem trabalhar em equipe muito bem, conseguem fazer planejamentos de longo prazo e preocupam-se com detalhes ao mesmo tempo em que olham o todo. Essas características são essenciais, sobretudo em períodos de retração econômica.
O período de instabilidade econômica que o país atravessa requer muita atenção a detalhes importantes como gerar eficiência na operação e, principalmente para identificar oportunidades. As características femininas contam a favor das empresas diante desse cenário. O planejamento auxilia na otimização de recursos, evitando desperdícios, por exemplo.

CN – Qual foi seu maior desafio, com mulher e profissional, no mercado em que atua?

Ser presidente de uma empresa, principalmente de grande porte como a UPS, é uma enorme responsabilidade e, naturalmente repleta de grandes desafios. Felizmente nunca sofri nenhum tipo de preconceito por ser mulher e no final das contas, tudo é aprendizado. Muitas vezes precisei priorizar a minha vida profissional, mas não me arrependo em absoluto das minhas escolhas. Eu aprendi a conciliar melhor meu tempo e ter espaço também para minha vida pessoal.

CN – A logística e comércio exterior ainda é vista como um setor mais masculino?

O mercado é desafiador independente do gênero e acredito que as empresas sejam responsáveis por mudar essa dinâmica. Eu nunca sofri nenhum preconceito, mas sei que ainda existem muitos desafios, como a falta de um plano de carreira bem definido, falta de investimento das companhias no funcionário e equiparação de salários entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo. Mas acredito que são barreiras que estão próximas de serem derrubadas. Vemos as oportunidades de trabalho para as mulheres se ampliarem a cada dia, inclusive com a diversificação das atividades.
Isso é algo que combatemos na UPS. Em 2006 criamos um programa chamado Women’s Leadership Development (WLD), designado para o desenvolvimento de lideranças femininas, fornecendo recursos para educação e promoção dentro companhia.
Em alguns setores, as mulheres não só estão sendo mais bem remuneradas do que os homens como estão ocupando as vagas antes exclusivamente masculinas e ascendendo mais rapidamente aos altos postos das companhias. Esse novo cenário mostra que as mulheres também estão se preparando mais e melhor para a função que desempenham. Por exemplo, na UPS Brasil, 39% das mulheres ocupam cargos de chefia, e 33% dos funcionários da UPS Brasil são mulheres. Nos EUA esse índice é de 28%.

CN – Na sua experiência o que você acredita que a mulher tem como diferencial trabalhando nessa área?

Não há uma receita para superar obstáculos, mas é muito importante ter um plano de carreira muito claro, saber onde quer chegar e entender todas as implicações para que isso aconteça. As características femininas são um diferencial no mercado de trabalho e fazem a diferença nas organizações. Usar a intuição e o fato das mulheres serem multitarefas faz com que sejamos capazes de identificar as necessidades e demandas, mapear setores de atuação com potencial para o negócio, monitorar nichos de mercado e comportamento, sem esquecer de focar na operação. Conseguimos focar nos detalhes sem esquecer do macro, atributo fundamental para um cargo de liderança.

CN – Você acredita que existe ainda discriminação no mercado de trabalho com as mulheres? Se sim, como essa questão pode ser resolvida?

Eu nunca sofri nenhum tipo de preconceito, mas lamentavelmente isso ainda acontece. Felizmente as mulheres estão se preparando mais e melhor para as funções que desempenham, contribuindo cada vez mais para o desenvolvimento do mercado e combatendo a discriminação com competência e qualificação. Além disso, as mulheres estão cada vez mais usando as características femininas a favor da carreira, como a intuição e o fato de sermos multitarefas, fazendo a diferença nas organizações.
Mesmo com os indicadores econômicos em desiquilíbrio, vemos as oportunidades de trabalho para as mulheres se ampliarem a cada dia, inclusive com diversificação das atividades. Esse novo cenário mostra que as mulheres também estão se preparando mais e melhor para a função que desempenham, contribuindo cada vez mais para o desenvolvimento do mercado.
Acredito que as empresas são muito responsáveis por combater essas diferenças, na UPS há um programa global, criado em 2006, que eu defendo muito no Brasil, chamado Women’s Leadership Development. Ele é designado para o desenvolvimento de lideranças femininas, fornecendo recursos para educação e promoção dentro da companhia.

 

Redação Cargo NewsUPS




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